quinta-feira, 21 de setembro de 2017


Libertadores 1983 - hino

Everton 08/2020

Cacalo: as mentiras de que o Grêmio não tem Mundial e de que time grande não cai Afirmativas deste tipo têm apenas um objetivo: divertir as pessoas

Bastidores Titulo gauchão 2019

Estatística e Jogos

Saia de redação - Romildo

Vídeo apresentado na preleção de Atlético Tucumán x Grêmio - 18/09/2018

Para meu neto

Os melhores contra o Patchuca
Bastidores do TRI
Como se formou o time TRI

Carta aberta do Renato ao Grêmio

Saias de Redação

O irmão do Ico

Antonio Augusto: "Tem gol"

Texto do Marcio Chagas sobre racismo


Ano se desenha bom. 2015 foi de ajustes. Hoje temos um Clube próximo do equilíbrio financeiro. Frutos serão colhidos em breve.
02/2015
Grêmio está fazendo ajustes que TODOS os clubes farão. A real situação é de dificuldades superáveis, com a ajuda da torcida.
09/2016
CA estabeleceu plano para atingir o equilíbrio financeiro sem a necessidade de vender jogadores. Vamos vender sem pressão.
2017
Agora temos um planejamento de longo prazo, sabemos onde e quando contratar, o uso do software de gestão no futebol é um avanço que nos leva a um patamar muito acima de outros clubes na América latina. Questão de tempo e teremos capacidade de investimento, elencos completos
04/2018
O Grêmio chegou ao atual estágio de caso pensado. Nada é resultado do acaso. Tudo foi pensado e planejado pelos Conselhos de Administração, sob o comando do Presidente Romildo.
05/2018
Quando dizíamos, desde 2014/2015, que o Grêmio estava colocando a casa em ordem, alguns ironizaram. Agora, os resultados começam a se consolidar.







quarta-feira, 26 de julho de 2017

Alguns números até 16ª Rodada

A cada 3 chutes fazemos 1 gol (mesma média do Corintians)
Entre nossos atacantes temos as seguintes estatísticas:
Barrios,              44 % de aproveitamento.
Éverton,             38 % de aproveitamento.
Fernandinho,     33 % de aproveitamento.
Luan                  26 % de aproveitamento.
Pedro Rocha     20 % de aproveitamento.
Tomamos um gol, em média, a cada 3,58 finalizações adversárias.
O Corintians toma em média 1 gol a cada 8,71 finalizações adversárias.
Conclusãonosso goleiro defende menos da metade das bolas do que o goleiro do Corinthians.

GRÊMIO IRÁ REVOLUCIONAR FILOSOFIA DA BASE

terça-feira, 25 de julho de 2017

É o Grêmio encantando mesmo empatando.

CAIO: 51 mil pessoas ajudaram o SP a arrancar um empate contra um Grêmio de muita superioridade técnica.
DORIVAL: O sonho de qualquer treinador é ver seu time jogar como o Grêmio.
LANCE: Quase aliviado! São Paulo arranca empate com Grêmio no Morumbi.
ESPN: … Porém, a animação não impediu que os gaúchos fossem dominantes no duelo desta segunda-feira e só não saíram com o triunfo graças a uma atuação inspirada de Renan Ribeiro, que manteve o empate.
PETROS: Enfrentamos a equipe que joga o melhor futebol do Brasil.
UOL: O São Paulo sofreu, mas conseguiu arrancar o empate com o Grêmio por 1 a 1, nesta segunda-feira, no Morumbi.
TERRA: O Grêmio aplicou um ‘chocolate’ no São Paulo no primeiro tempo. … Mesmo assim, o time do Morumbi foi aplaudido pela torcida após o apito final.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

São Paulo 1 x 1 Grêmio

Com o sonho da tríplice coroa, Grêmio enfrenta o desesperado São Paulo no Morumbi

— Com certeza, sonhamos (com a tríplice coroa). Quem não? Sabemos do nosso potencial. Sabemos que é possível, sim. Agora, isso não virá de graça, nem fácil. Estamos trabalhando para isso. Se vamos conseguir, não sabemos — disse Arthur.

Grêmio já somou mais pontos fora do que em casa neste Brasileirão

Time já ganhou mais partidas longe da Arena do que em todo o campeonato de 2016. E só perdeu ao usar reservas.

Dos 31 pontos somados até esta rodada, 16 foram obtidos na casa do adversário, o equivalente a 52%. Foram quatro vitórias em oito partidas.

domingo, 23 de julho de 2017

Porque o Grêmio tem o melhor futebol do Brasil

O pai dela é o responsável pelo bom futebol
Há um consenso nacional: o Grêmio está jogando o futebol mais bonito do Brasil. Há quem diga que seja o futebol mais bonito da história do tricolor. São opiniões, mas a verdade é que desde o Grêmio do Tite (2001/2003) não se via um futebol tão vistoso do Rei de Copas. Eu gosto de usar um conceito que expressa muito bem quando um time joga dessa forma. Pra mim, ele pratica um "Futebol Orgânico".

Futebol orgânico
Existem diversos estudos sobre comportamentos coletivos na natureza. O movimento das formigas, o vôo das pombas, ou como os cardumes de sardinhas se defendem dos predadores. Tudo na natureza possui um padrão, que nasce de comportamentos individuais e se torna um coletivo único que reage de acordo ao ambiente e desafios do momento de forma organizada.
E com os humanos não é diferente. Existem empresas que estudam os padrões coletivos nos shoppings, nos supermercados e nos grandes eventos. Nós, como parte da natureza terminamos criando padrões, e todo padrão pode ser medido, condicionado e desafiado a evoluir.
Se nós pensarmos em um time de futebol como um organismo vivo, onde cada jogador é uma parte dentro de uma estrutura sistêmica, chegamos a um conjunto de comportamentos individuais que geram padrões coletivos, de defesa e de ataque. Assim como o cardume de sardinhas se expande para assustar aos predadores, um time de futebol se amplia para atacar o adversário.
Pense no processo da respiração humana. Quando inspiramos, enchemos o corpo de ar e o pulmão se expande. Quando expiramos, tiramos esse ar e o pulmão se retrai. Inspira e expira. Expande e retrai. Com a bola, o time inspira e expande. Sem ela, expira e retrai.
Amplitude, profundidade, recomposição e compactação do time. Comportamentos individuais e coletivos que encontramos na natureza. A grande diferença é que no futebol, esses comportamentos são trabalhados e inculcados em atletas para que realizem os mesmos em uma partida contra um adversário com quem não se combinou nada e que trará comportamentos inesperados.
Esse é o Futebol Orgânico: cada comportamento individual chega a um alto nível de qualidade em pro de um modelo de jogo e de forma tão natural, que o coletivo se torna um organismo vivo, completo e mutável.
Tempo para construir
Para um time executar o "futebol orgânico", demanda tempo de construção, repetição e realização das ideias e comportamentos. Exige um trabalho multidisciplinar alinhado e que envolva todos dentro do clube, da direção ao fisiologista, do treinador ao analista de desempenho, dos atletas aos preparadores físicos. Não é fácil fazer um time de individualidades se comportar como um organismo coletivo vivo.
O chamado "jogo de posição" só é executado com perfeição quando o time alcança o estágio de "futebol orgânico". Quando cada jogador é uma parte de um organismo maior e sabe onde precisa estar para realizar suas funções e também para cobrir a um companheiro que vai realizar outra função. Assim todos mantêm ao organismo vivo. E respondem aos desafios do adversário e do ambiente de forma orgânica e coletiva. É natural!
Dois exemplos claros de "futebol orgânico" do passado são a Seleção da Holanda de 1974 e o Barcelona de Guardiola. Se a Laranja Mecânica foi fruto de uma revolução cultural de toda uma geração (como bem conta o livro "Invertendo a Pirâmide"), o Barça de Guardiola foi fruto de um planejamento multidisciplinar que veio desde as categorias de base. Nos dois casos, em campo havia um time que jogava como se fosse um organismo vivo, coletivo, independente e complexo.
E por se apresentarem assim, encheram os olhos dos torcedores, encantaram com sua orquestração orgânica, como se fossem um cardume no oceano ou uma revoada de andorinhas no horizonte. Cada jogador individualmente se comportava de acordo ao o que o organismo coletivo exigia para sobreviver, inclusive depredar aos adversários.
Tudo lindo, mas e o Grêmio?
O Grêmio executa hoje um futebol orgânico. Se engana quem pensa que isso aconteceu do dia pra noite. E se engana mais ainda quem pensa que isso é fruto de uma pessoa só, de um jogador apenas ou de um treinador específico. O tricolor alcançou esse grau de organicidade graças a um trabalho multidisciplinar, sistêmico e de longo prazo.
Os presidentes Fábio Koff e Romildo Bolzan Jr. são os responsáveis por parte da direção nesse processo. Pela forma como conduziram a estruturação do clube, da base ao profissional. Por terem acertado mais do que errado, até porque levaram sempre em consideração o fortalecimento sustentável do futebol, mesmo com o clube endividado.
Um destaque nesse sentido foi o trabalho de Júnior Chávare nas categorias de base a partir de 2013. O Grêmio mudou sua filosofia de captação e de metodologia: perfil do jogador formado pelo clube começou a ficar mais próximo ao que vinha sendo utilizado pelos grandes europeus.
Ou seja, formar jogadores que entendessem e praticassem um jeito de jogar: dominância pela posse de bola, jogo apoiado, triangulações, muita mobilidade entrelinhas, ocupação inteligente de espaços. Atleta seria condicionado nesses princípios, chegando ao profissional com esse perfil de jogo.
A lista de atletas que passaram por este forno (alguns formados no tricolor, outros captados) é grande: Arthur, Luan, Éverton, Pedro Rocha, Walace, Ramiro, Wendell, Alex Telles, Batista, Tontini, Araújo, Tilica, Marcelo Hermes, Jaílson, Lincoln, Kaio, Pepê e outros que ainda virão. Se o Grêmio quer manter este modelo de jogo ao longo dos anos, independente do seu treinador no profissional, esse trabalho na base precisa continuar. Sob o comando de Francesco Barletta atualmente, as perspectivas são promissoras.
Técnico e comissão permanente
É bom lembrar que foi Enderson Moreira que começou a utilizar a plataforma 4-2-3-1 em 2014, mantida por Felipão, Roger e Renato até hoje. Com a saída de Luis Felipe Scolari e a chegada de Roger Machado em maio de 2015, houve uma ruptura na metodologia de treinamento do profissional.
Roger implantou rotinas dentro de uma metodologia integrada, que começou a preparar os atletas para reconhecerem comportamentos táticos individuais e coletivos de ataque e defesa, simulando situações de jogo. Incentivando soluções através da tomada de decisão.
Este método pode ser compreendido como aquele capaz de aproximar o treinamento a realidade do jogo por meio de rotinas educativas. Ele também é chamado de estruturalista, pois a principal característica reside em criar modificações na estrutura do jogo, onde se reduz sua complexidade (número de jogadores, regras, tamanho do campo), porém sem alterar os componentes essenciais do jogo.
Estas ideias de Roger encontraram eco nas ideias já trabalhadas nas categorias de base e principalmente, nas ideias da comissão permanente do Grêmio, formada antes da efetivação de Roger. O técnico auxiliar James Freitas, o preparador físico Rogério Dias e o preparador de goleiros Rogério Godoy entraram em total sintonia com Roger, e conseguiram muito rapidamente vender aos atletas as ideias. E o grupo abraçou a causa.
É importante destacar o papel de James Freitas na transição de Felipão para Roger e de Roger para Renato. Com suas ideias e sua capacidade, foi parte fundamental na construção do modelo de jogo gremista que levantou a Copa do Brasil e hoje encanta o país. Trabalho hoje muito bem continuado por Alexandre Mendes.
O trabalho físico, médico e fisiológico da comissão permanente também colhe seus frutos hoje. Com tempo e possibilidade de executar planejamentos, os profissionais colocam sua competência na construção de um modelo multidisciplinar e integrado de longo prazo, o que permite o surgimento de um futebol orgânico em uma equipe.
Quando Renato Portaluppi chegou ao Grêmio, encontrou um ambiente de trabalho funcional e com ideias e metodologias que vinham sendo planejadas e executadas desde a sua última passagem pelo clube em 2013. E principalmente, encontrou uma coluna vertebral de time que tinha um modelo de jogo bem internalizado e que precisava de ajustes para se tornar um organismo vivo coletivo e mortífero.
Sap Hana e a análise de desempenho
Quando o Grêmio contratou o software alemão de gestão e análise SAP HANA, foi criticado por parte da imprensa e da torcida. Como quase sempre, na nossa província há uma enorme resistência a inovações e novidades. Em 2014 começou a ser usado no futebol e em 2015 na gestão do clube.
O então vice-presidente Antônio Dutra Jr. e o hoje vice Odorico Roman acreditaram no potencial da ferramenta, e mesmo que hoje ela ainda não esteja em 100% da sua utilidade, ela foi fundamental para a evolução do modelo de jogo tricolor e para a gestão do clube.
Com auxílio de um matemático equatoriano formado em Harvard da Kin Analytics, os analistas tricolores criaram índices de performance para avaliar atletas. A partir destes índices, treinador e comissão criavam rotinas de treinos para evolução do desempenho individual que somasse no desempenho coletivo (comportamentos individuais que levam a um padrão coletivo "orgânico").
Por exemplo, a velocidade de circulação da bola. O tempo que cada jogador permanece com a bola no pé. O meia Walace tinha índice de 3,34 segundos e evoluiu para 2,5 segundos. Foram criadas rotinas de treino para que o atleta soltasse a bola mais rápido, e o time fosse mais intenso e eficiente.
O trabalho dos analistas de desempenho do CDD (hoje são Eduardo Cecconi, Antônio Cruz e Rafael Tavares) ganhou espaço e reconhecimento desde Ederson Moreira, e hoje é fundamental para a construção do belo futebol orgânico do time profissional. Não há evolução do jogo sem análise de desempenho!
Renato e um futuro promissor
Renato Portaluppi sabe muito bem gerenciar um vestiário, e isso é uma característica muito importante de um bom treinador. Mas ele também mostrou inteligência e humildade ao se adaptar a todos estes conceitos e ideias que já estavam sendo cultivadas no Grêmio há anos, em vez de querer impor as suas vontades simplesmente. E ao se adaptar, trouxe ajustes que fizeram o time evoluir naturalmente.
Ele encontrou um time com obsessão por reproduzir o jogo apoiado, que sabe preencher o campo do adversário, que coloca jogadores na frente da linha da bola, que sabe pressionar no último terço, que gosta de dominar o jogo com a posse de bola e que entende mobilidade e flutuação entrelinhas como uma vantagem tática.
Além disso, atletas que começam a se integrar da base já chegam com esses princípios internalizados. Por isso, jovens como Arthur, Pepê, Nicolas Careca ou Jaílson entendem com facilidade como o time joga.
Renato, que sempre teve boas soluções defensivas em seus times no passado, ajustou o encaixe na marcação. Valorizou mais a verticalização das jogadas, trouxe os extremos para jogarem por dentro, liberou a subida dos laterais ofensivamente. Adaptou novas contratações ao elenco e ao modelo de jogo. Com ajustes, foi dando a sua cara para um trabalho que tem muitas caras e nomes. Foi fazendo a sua parte para que este coletivo se torne um organismo vivo, que pratique um futebol orgânico.
Hoje o Grêmio é favorito nas três competições que disputa. Pode não ser campeão em nenhuma, mas a naturalidade e a beleza que o time desempenha o seu futebol já são memoráveis. O torcedor precisa saber que isto é fruto de um trabalho e um planejamento de longo prazo, que envolve dezenas de profissionais capacitados e alinhados em uma filosofia.
O dia que Renato Portaluppi deixar a casamata, o seu substituto encontrará toda essa imensa evolução a seu dispor. E mesmo assim, precisará fazer ajustes e aspectos para evoluir. O futebol, assim como a vida e a natureza, enfrenta constantes desafios. E um organismo para sobreviver precisa ter os recursos e saber se adaptar a estes desafios. Permanentemente.